segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Psicologia Social: Introdução e Tipos de Pesquisas

Psicologia social é o estudo cientifico de como nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos são influenciados pela presença imaginaria ou concreta de outras pessoas. Essa influência se estende para além do nosso comportamento, ou seja, O individuo não age de acordo com o que foi ensinado apenas quando está acompanhado de outros, ou quando quer influenciar pretensiosamente alguém, a influência social ultrapassa a forma de agir e a persuasão, mesmo a sós nos comportamos como se estivessem em sociedade. A referida ciência leva em consideração, diferente da sociologia, os constructos, a interpretação pessoal do fato social, ela não vai estudar a sociedade de cima, como organismo independente, mas sim, a sociedade pelos olhos do individuo.  Difere da psicologia da personalidade, afinal a social se interessa pelos aspectos comuns a todos os humanos e não a diferenças individuais, até porque essas diferenças podem ser superficiais se subestimarmos o poder da influência social. O interesse pela fenomenologia do percebedor tem raízes na Gestalt, que sempre levou em conta os aspectos individuais e subjetivos da percepção.
Tendemos a simplificar situações complexas, essa simplificação ignora o fator social de comportamento, e por mais que isso nos dê uma falsa sensação de segurança devido ao fato de ignorar que estamos sujeitos à força externas, podemos julgar as pessoas apenas por sua personalidade. Essa tendência que temos de explicar o comportamento apenas em termos de personalidade é chamado de Erro Fundamental da Atribuição, esse fato reduz nossa compreensão das causas e pode nos levar a culpar a vítima em uma situação em que o individuo foi subjugado por forças sociais que também nos atingiria.
As nossas impressões subjetivas do mundo, ou seja, os constructos são decorrentes de duas necessidades que possuímos. A necessidade de precisão e a da auto justificação: A necessidade de sermos tão precisos quanto possível é quando tentamos ser exatos na nossa interpretação do fato social, porém nunca conhecemos todos os fatores para fazer um julgamento perfeito de um acontecimento; A necessidade de nos sentirmos bem conosco mesmo (proteção da autoestima) se revela quando somos motivados a mantermos uma imagem positiva conosco mesmo, é difícil reconhecer um erro, mesmo que isso nos custe modificar a realidade, entre assumir um erro e mentir para evitar mais frustações, muitas vezes preferimos mentir (tomamos muitas vezes decisões erradas para proteger nossa autoestima), isso reduz nossa possibilidade de aprender com os erros.
As pesquisas em psicologia social se divergem quanto ao local (campo ou laboratório) e quanto ao método (correlacional ou experimental). A pesquisa correlacional constata a presença de associações naturais entre variáveis. Essas associações podem ser positivas (o aumento de uma esta relacionado com o aumento da outra) ou negativas (o aumento de uma esta relacionado com a diminuição da outra), esse tipo de pesquisa está sujeita a interpretações ambíguas das relações de causa e efeito. Já a pesquisa experimental investiga a relação causa-efeito através da manipulação das variáveis, o controle dos estímulos e a distribuição aleatória são fundamentais neste tipo de pesquisa. Existem dois tipos de variáveis: Independentes (a variável que o pesquisador muda para ver seu efeito em outra) e dependentes (o pesquisador a mede para ver se é de fato influenciada pela independente).