Psicologia
social é o estudo cientifico de como nossos pensamentos, sentimentos e
comportamentos são influenciados pela presença imaginaria ou concreta de outras
pessoas. Essa influência se estende para além do nosso comportamento, ou seja, O
individuo não age de acordo com o que foi ensinado apenas quando está
acompanhado de outros, ou quando quer influenciar pretensiosamente alguém, a
influência social ultrapassa a forma de agir e a persuasão, mesmo a sós nos
comportamos como se estivessem em sociedade. A referida ciência leva em consideração,
diferente da sociologia, os constructos, a interpretação pessoal do fato
social, ela não vai estudar a sociedade de cima, como organismo independente,
mas sim, a sociedade pelos olhos do individuo. Difere da psicologia da personalidade, afinal a
social se interessa pelos aspectos comuns a todos os humanos e não a diferenças
individuais, até porque essas diferenças podem ser superficiais se
subestimarmos o poder da influência social. O interesse pela fenomenologia do percebedor
tem raízes na Gestalt, que sempre levou em conta os aspectos individuais e
subjetivos da percepção.
Tendemos
a simplificar situações complexas, essa simplificação ignora o fator social de
comportamento, e por mais que isso nos dê uma falsa sensação de segurança devido
ao fato de ignorar que estamos sujeitos à força externas, podemos julgar as
pessoas apenas por sua personalidade. Essa tendência que temos de explicar o
comportamento apenas em termos de personalidade é chamado de Erro Fundamental
da Atribuição, esse fato reduz nossa compreensão das causas e pode nos levar a
culpar a vítima em uma situação em que o individuo foi subjugado por forças
sociais que também nos atingiria.
As
nossas impressões subjetivas do mundo, ou seja, os constructos são decorrentes
de duas necessidades que possuímos. A necessidade de precisão e a da auto
justificação: A necessidade de sermos tão precisos quanto possível é quando
tentamos ser exatos na nossa interpretação do fato social, porém nunca
conhecemos todos os fatores para fazer um julgamento perfeito de um
acontecimento; A necessidade de nos sentirmos bem conosco mesmo (proteção da
autoestima) se revela quando somos motivados a mantermos uma imagem positiva
conosco mesmo, é difícil reconhecer um erro, mesmo que isso nos custe modificar
a realidade, entre assumir um erro e mentir para evitar mais frustações, muitas
vezes preferimos mentir (tomamos muitas vezes decisões erradas para proteger
nossa autoestima), isso reduz nossa possibilidade de aprender com os erros.
As
pesquisas em psicologia social se divergem quanto ao local (campo ou laboratório)
e quanto ao método (correlacional ou experimental). A pesquisa correlacional
constata a presença de associações naturais entre variáveis. Essas associações
podem ser positivas (o aumento de uma esta relacionado com o aumento da outra)
ou negativas (o aumento de uma esta relacionado com a diminuição da outra),
esse tipo de pesquisa está sujeita a interpretações ambíguas das relações de
causa e efeito. Já a pesquisa experimental investiga a relação causa-efeito através
da manipulação das variáveis, o controle dos estímulos e a distribuição aleatória
são fundamentais neste tipo de pesquisa. Existem dois tipos de variáveis:
Independentes (a variável que o pesquisador muda para ver seu efeito em outra)
e dependentes (o pesquisador a mede para ver se é de fato influenciada pela
independente).